Qual a tendência e o impacto da reforma tributária que estão propondo? Como ela será - moderna ou antiquada? Essas e outras perguntas foram respondidas na noite de terça-feira, durante o Omnia Health Live Americas. O tema esteve em debate com quatro participantes renomados do setor de saúde, todos com opiniões desfavoráveis à reforma tributária.
Carolina Oliveira, conselheira fiscal do SINDHOSP e diretora do Hospital Sabará; Renato Nunes, advogado especialista em direito tributário da Machado Nunes; e Yussif Ali, Presidente da FEHOESP, estiveram presentes na roda de conversa. A mediação ficou por conta de Francisco Balestrin, presidente do SINDHOSP e conselheiro de administração do CBEXs.
Para dar início ao debate, Francisco faz uma pequena abertura: “Aqui, não está sendo discutidoa apenas a reforma de tributos, estamos discutindo a forma que o estado vai se relacionar com seus contribuintes”. Ele conta que estamos falando em toda uma reforma, em uma reformulação da forma como a sociedade se relaciona.
Em seguida, Carolina esclarece seu ponto de vista da reforma tributária que estão propondo no congresso nacional. A preocupação dela é saber como os gestores hospitalares vão conseguir equilibrar e harmonizar essa reforma com as características do serviço de saúde.
“Estamos em um segmento que vem lutando há muitos anos para conseguir equilibrar e alinhar receitas e custos. Vem há anos sofrendo por não conseguir resguardar uma margem suficiente para reinvestir nas próprias atividades, para investir da maneira que deseja em inovação, estudos.” Carolina ainda reforça que com a pandemia, a área da saúde foi afetada ainda mais.
Para dar continuidade a conversa, Renato conta sua visão dessa situação: “A questão da reforma tributária vem sendo discutida desde que a constituição foi promulgada. Estou há 26 anos na área e conversando com professores e advogados mais antigos, eles confirmam a afirmação”.
Durante seu depoimento, o advogado conta um pouco da história da reforma e como ela chegou a atual conjuntura. Para ele, o consumidor final vai arcar com o aumento da carga tributária. “Quem paga a conta é a população, às vezes não só com dinheiro; em alguns casos, com a própria vida”, completa.
Yussef oferece uma visão mais global do tema. Segundo ele, não estamos tendo uma reforma tributária na área da saúde, estamos tendo um aumento de tributo, aumento de carga tributária. Nesse momento, que estamos vivendo no Brasil, é inconcebível que tenhamos uma situação como essa.
“A maioria dos candidatos a vereadores são movidos pelo salário, não é a totalidade, mas é a maioria. Enquanto isso existir, nosso país vai ficar sempre correndo atrás da reforma tributária, porque nós fomos gastando cada vez mais e parece que temos que encontrar uma solução”.
Ainda de acordo com Yussef, nós precisamos, cada vez mais, discutir o Brasil como um todo. A reforma tributária é muito importante, mas nós precisamos de tantas reformas que hoje ele não sabe dizer qual é a mais importante.
O OHLA – Omnia Health Live Americas acontece até amanhã em formato 100% digital. É a maior exposição virtual para o Brasil e Américas, realizada pela Hospitalar, em parceria com os eventos FIME e Expo Med, dos Estados Unidos e México respectivamente.
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