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Impactos da reforma tributária na saúde

Article-Impactos da reforma tributária na saúde

Qual a tendência e o impacto da reforma tributária que estão propondo? Como ela será - moderna ou antiquada? Essas e outras perguntas foram respondidas na noite de terça-feira, durante o Omnia Health Live Americas. O tema esteve em debate com quatro participantes renomados do setor de saúde, todos com opiniões desfavoráveis à reforma tributária.

Carolina Oliveira, conselheira fiscal do SINDHOSP e diretora do Hospital Sabará; Renato Nunes, advogado especialista em direito tributário da Machado Nunes; e Yussif Ali, Presidente da FEHOESP, estiveram presentes na roda de conversa. A mediação ficou por conta de Francisco Balestrin, presidente do SINDHOSP e conselheiro de administração do CBEXs.

Para dar início ao debate, Francisco faz uma pequena abertura: “Aqui, não está sendo discutidoa apenas a reforma de tributos, estamos discutindo a forma que o estado vai se relacionar com seus contribuintes”. Ele conta que estamos falando em toda uma reforma, em uma reformulação da forma como a sociedade se relaciona.

Em seguida, Carolina esclarece seu ponto de vista da reforma tributária que estão propondo no congresso nacional. A preocupação dela é saber como os gestores hospitalares vão conseguir equilibrar e harmonizar essa reforma com as características do serviço de saúde.

Estamos em um segmento que vem lutando há muitos anos para conseguir equilibrar e alinhar receitas e custos. Vem há anos sofrendo por não conseguir resguardar uma margem suficiente para reinvestir nas próprias atividades, para investir da maneira que deseja em inovação, estudos.” Carolina ainda reforça que com a pandemia, a área da saúde foi afetada ainda mais.

Para dar continuidade a conversa, Renato conta sua visão dessa situação: “A questão da reforma tributária vem sendo discutida desde que a constituição foi promulgada. Estou há 26 anos na área e conversando com professores e advogados mais antigos, eles confirmam a afirmação”. 

Durante seu depoimento, o advogado conta um pouco da história da reforma e como ela chegou a atual conjuntura. Para ele, o consumidor final vai arcar com o aumento da carga tributária. “Quem paga a conta é a população, às vezes não só com dinheiro; em alguns casos, com a própria vida”, completa.

Yussef oferece uma visão mais global do tema. Segundo ele, não estamos tendo uma reforma tributária na área da saúde, estamos tendo um aumento de tributo, aumento de carga tributária. Nesse momento, que estamos vivendo no Brasil, é inconcebível que tenhamos uma situação como essa.

A maioria dos candidatos a vereadores são movidos pelo salário, não é a totalidade, mas é a maioria. Enquanto isso existir, nosso país vai ficar sempre correndo atrás da reforma tributária, porque nós fomos gastando cada vez mais e parece que temos que encontrar uma solução”.

Ainda de acordo com Yussef, nós precisamos, cada vez mais, discutir o Brasil como um todo. A reforma tributária é muito importante, mas nós precisamos de tantas reformas que hoje ele não sabe dizer qual é a mais importante.

O OHLA – Omnia Health Live Americas acontece até amanhã em formato 100% digital. É a maior exposição virtual para o Brasil e Américas, realizada pela Hospitalar, em parceria com os eventos FIME e Expo Med, dos Estados Unidos e México respectivamente.

Você pode ter acesso aos conteúdos ao vivo e on demand, além de encontrar fornecedores atuais e novos, ampliar seu networking e conhecer novos produtos e serviços de mais de 700 empresas nacionais e internacionais. Inscreva-se gratuitamente através do site live.omnia-health.com/americas.

 

Telemedicina é usada para tratar astronautas no espaço

Article-Telemedicina é usada para tratar astronautas no espaço

Na tarde do terceiro dia do Omnia Heatlh Live Americas a Telemedicina foi abordada de maneira um pouco diferente do que estamos acostumados a ver. No painel Space Health as an analog for Earth, foi discutido como são feitos os cuidados remotos de um astronauta em órbita e como esse conhecimento pode auxiliar médicos a utilizar a telemedicina em tempos de pandemia.

A palestrante, Aenor Saywer, Chief Health Innovation Officer do Translational Research Institute for Space Health (TRISH), projeto financiado pela NASA, contou que o projeto busca entender o risco para a saúde humana no espaço, encontrar soluções inovadoras que sejam relevantes, adaptáveis e viáveis, além de facilitar a pesquisa, o desenvolvimento e a validação específica no espaço. Para Swayer, o estudo da saúde espacial busca manter a saúde dos astronautas em missão em bom estado, prever e prevenir doenças e lesões e auxiliar na rápida recuperação caso algo acontece durante a missão.

Os astronautas ficam lá em cima em isolamento, confinados por toda a duração de uma missão, quase que da maneira como estamos confinados e em isolamento social por causa da pandemia”, afirma Saywrer. A médica ortopedista da University of California San Francisco utiliza da telemedicina para tratar seus pacientes no espaço e afirma que neste momento é importante que os médicos passem a utilizar essa ferramenta que tornou possível transmitir e compartilhar informações médicas a quaisquer distâncias, inclusive no espaço, para tornar a saúde acessível em qualquer hora e lugar.

A palestra complete de Aenos Saywer está disponível on demand na plataforma do Omnia Health Live Americas (OHLA). Basta realizar a inscrição gratuita para ter acesso a esse e outros conteúdos exclusivos.

O evento, realizado pela Hospitalar em parceria com a FIME (EUA) e a ExpoMed (México), é a maior exposição virtual de networking da área da saúde no Brasil.

Na plataforma você pode encontrar diversos painéis de discussão ou palestras como essa, acessados de forma online, ao vivo e on-demand. O OHLA busca conectar fornecedores atuais e novos, ampliar seu networking e apresentar novos produtos e serviços de mais de 700 empresas nacionais e internacionais da área da saúde. Inscreva-se gratuitamente através do site live.omnia-health.com/americas .

Integração de dados é debatida por grandes players no Omnia Health Live Americas (OHLA)

Article-Integração de dados é debatida por grandes players no Omnia Health Live Americas (OHLA)

Um dos aspectos mais relevantes do cenário da saúde é a integração de dados, um tema tão complexo quanto abrangente. Afinal, inclui tecnologia, gestão, compliance e todos os seus derivados, como business intelligence, custos, governança, segurança, reputação e por aí vai. A lista é longa.

O webinar do Omnia Health Lives America (OHLA) intitulado Integração de dados para a saúde populacional reuniu grandes experts para compartilhar experiências sobre o tema, sob a moderação de Henry Sznejder, Diretor de Clinical Analytics e Artificial Intellinge do United Health Group (UHG).

Fábio Gonçalves, Chief Value & Access Officer do Hospital Care, holding administradora de serviços de saúde, destacou ser necessário o trabalho de equipes multidisciplinares para obter dados populacionais. “Dentro de uma empresa, lidamos com vários tipos de informações que precisam ser validadas por um comitê multidisciplinar para chegar aos dados populacionais”, afirmou. “O cruzamento de informações precisa estar alinhado ao cruzamento de saberes.”

A geração de valor do cruzamento de dados para toda a cadeia da saúde, baseada em economia de tempo, prazo e custo, foi abordada por João Vicente Alvarenga, Diretor de TI do Grupo Hermes Pardini. “O compartilhamento de dados e informações será a solução para resolver a questão estrutural do setor da saúde”, disse o executivo.

Para Lasse Koivisto, CEO da Prontmed, se as informações estiverem organizadas e os dados integrados entre os diferentes atores da cadeia, a experiência do paciente será muito melhor. “Vejo como tendências termos que lidar com tecnologia, treinamento de pessoal, otimização de processos e mudança do modelo cultural”, concluiu.

Acompanhe a maior expo virtual das Américas

O OHLA – Omnia Health Live Americas acontece até sexta-feira, dia 06, em formato digital. É a maior exposição virtual para o Brasil e Américas, realizado pela Hospitalar, em parceria com os eventos FIME e Expo Med, dos Estados Unidos e México respectivamente.

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Tecnologia em equipamentos médicos é tema do Omnia Health Live Americas

Article-Tecnologia em equipamentos médicos é tema do Omnia Health Live Americas

O Omnia Health Live Americas está chegando ao fim. Mas ao longo desses dias, estão sendo abordados diversos assunto extremamente relevantes para o setor da saúde, com os maiores nomes do mercado. Ontem (04), um painel exclusivo abordou o tema “equipamentos médicos: cuidado remoto e conectividade”.

Na oportunidade, estiveram presentes Fatima Pinho, diretora da Deloitte; Fernando Rocha, Diretor comercial de produtos da Getinge; Marivan Abrahão, diretor clínico da Avesta Informação e Saúde; e Raimundo Nonato, healthcare business development director da Intersystems.

O encontro foi mediado por Fatima, que fez uma bela introdução. Ela comentou sobre os assuntos que seriam discutidos e completou: “No contexto de saúde, o mercado é bastante amplo, com muitos players conectados. No entanto, nem sempre essas conexões estão da melhor maneira pensando no centro do cuidado, que é o paciente”.

Para Fernando Rocha as tecnologias podem ser melhor pensadas para o foco de análise e coleta de dados: “Hoje, existem diversos desafios na saúde brasileira. E a melhor forma de passar por essas barreiras é ter todos os dispositivos conectados, o que é um dos maiores desafios para as empresas”. 

Marivan aborda como estão surgindo oportunidades para as empresas, que podem terceirizar o serviço de integração dos dados. De acordo com ele, a evolução na informática da área médica ainda sofre muita resistência entre os médicos. “A primeira barreira que temos que vencer é convencer o médico sobre a importância daquele aparelho para o cuidado do paciente”, completa Marivan.

Para finalizar, Nonato fala sobre a questão da coleta de informações. Ele conta que essa coleta acontece nas pontas, nos sistemas de gestão hospitalar. “É uma informação pura, foi gerada naquele sistema, quando a instituição não investe em integração desses dados puros, existe retrabalho, existe falta de comunicação entre os sistemas e a tendência é a ineficácia”, finaliza.

Todos os participantes colaboraram com falas enriquecedoras, que podem ser conferidas na íntegra na plataforma do evento.

O Omnia Health Live Americas, é totalmente online, e termina amanhã, dia 06 de novembro. Não perca, ainda dá tempo de acompanhar outras palestras.

Banca da Anahp discute aprendizados e reflexões da pandemia do coronavírus

Article-Banca da Anahp discute aprendizados e reflexões da pandemia do coronavírus

Encerrando com chave de ouro o terceiro dia do Omnia Health Live Americas, o painel patrocinado pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) abordou um tema atual e necessário: Um novo olhar para os sistemas de saúde no mundo: reflexões e aprendizados de uma pandemia sem precedentes, afinal, todos os sistemas de saúde foram colocados à prova com a chegada do vírus desconhecido e da doença sem cura ou tratamento.

A discussão foi mediada pelo renomado economista social e consultor internacional em saúde André Medici, que apresentou o panorama da COVID-19 no Brasil e no mundo, dando números e dados que mostram que a pandemia ainda está presente, e pior, voltou a acelerar na Europa. Em seguida, passou a palavra para Jarbas Barbosa, que é vice-presidente da Organização Pan-Americana da Saúde.

Jarbas afirmou que as piores previsões podem acontecer, e temos de estar preparados para elas, porque a pandemia pegou a maioria dos países de surpresa e a maioria dos planos de preparação para emergência desses países não trabalhavam com uma possibilidade muito real de um mundo pandêmico. “A OMS estabeleceu um grupo de alto nível que está fazendo uma avaliação independente, objetiva, externa e eu acredito que seria muito importante que dessa avaliação saíssem recomendações para ampliar alguns mandatos que se encontram no Regulamento Sanitário Internacional, que permitam uma melhor preparação para uma futura pandemia”, completou Barbosa.

Participou também do debate o médico sanitarista Gonzalo Vecina, professor da Faculdade de Medicina da USP, que enfatizou a importância da atenção primária na pandemia. “A atenção primária em um primeiro momento falhou, porque não havia EPIs para ir na casa das pessoas, e por causa do risco de contágio nos hospitais as pessoas ficavam em casa e morriam em casa”, completou Vecina.

O sanitarista ainda afirma que no início um dos utensílios que faltava era o oxímetro nas Unidades Básicas de Saúde e sem ele não era possível medir o oxigênio no sangue dos infectados. Isso resultava em um atraso na oxigenoterapia e deixava os casos mais graves à mercê de seus pulmões, que ficavam sem oxigênio, resultando na morte do paciente.

Evandro Tinoco, presidente do Comitê Associativo da Anahp, foi o terceiro elemento a trazer o seu ponto de vista. Para ele, os investimentos em qualidade e segurança ao longo dos anos colocaram os hospitais da Anahp em outro patamar. “Os hospitais da Anahp não deixaram ninguém do lado de fora, tiveram condição de poder planejar e se preparar, então eu tenho muita certeza de que eles se tornarão centros conectores da transformação da saúde”. Segundo ele, esses hospitais, durante a pandemia, passaram por vários momentos de ter que horizontalizar a gestão. “Os gestores tiveram de aprender a ser como médicos e tolerar a incerteza”, finalizou.

Esse painel de debate foi apenas mais um dos inúmeros apresentados durante a semana do dia 2 ao dia 6 de novembro no Omnia Health Live Americas. O evento, em formato 100% digital, realizado pela Hospitalar em parceria com a FIME (EUA) e a ExpoMed (México) é a maior exposição virtual de networking da área da saúde no Brasil.

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Digital Mental-Health Services (DMHS) reduz a depressão pandêmica

Article-Digital Mental-Health Services (DMHS) reduz a depressão pandêmica

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“O impacto da pandemia na saúde mental provavelmente durará muito mais do que o impacto na saúde física”. Esse alerta foi publicado em maio último no British Medical Journal por um importante grupo de especialistas em saúde pública. Já Steven Taylor, professor de psiquiatria da University of British Columbia e autor de “The Psychology of Pandemics”, argumenta que “para uma infeliz minoria de pessoas, talvez 10 a 15%, a vida não vai voltar ao normal devido ao impacto da pandemia em seu bem-estar mental”.  Taylor explica também que “pessoas com predisposição genética para algumas formas de TOC (obsessões por contaminação, compulsão de limpeza, etc.) o estresse da Covid-19 pode desencadear ou piorar o TOC”. Não menos importante foi o alerta do Black Dog Institute, uma das mais importantes organizações de pesquisas em saúde mental da Austrália: “uma minoria significativa será afetada por longo prazo pela ansiedade pandêmica”. Todos os estudos recentes sobre a perturbação do surto em nossa vida cognitiva ou emocional são claros em ressaltar a enxurrada de problemas que podemos encontrar à frente. Talvez o passado possa explicar o presente: o surto global de SARS em 2003 foi associado a um aumento de 30% nos suicídios de pessoas com mais de 65 anos.

Globalmente, os transtornos de humor e ansiedade afetam mais de 700 milhões de pessoas a cada ano e estão associados a uma carga considerável de incapacidades. Durante a Covid-19, esse número pode ser triplicado. Estudos mostram que num período-padrão de 12 meses, menos da metade das pessoas afetadas procuram ou recebem ‘tratamentos baseados em evidências’. As razões vão desde o custo, passando pela pouca disponibilidade de serviços, pela consciência limitada da doença ou do tratamento, sem esquecer os estigmas, a preferência pelo autogerenciamento, etc. Quando a Covid-19 começou a se espalhar, medidas de prevenção exigiram o ‘distanciamento social’ e com ele veio uma enorme quantidade de malefícios, mas também de benefícios, como o crescimento dos serviços em formato digital. Nessa direção, vários países e instituições, assim como empresas, aceleraram as ofertas de Digital Mental-Health Services (DMHS), que são os serviços à distância de avaliação, tratamento, provimento de tutoriais de autocuidado e uma série de outros benefícios orientados a saúde mental. Os DHMS podem ter várias nomenclaturas diferentes dependendo do seu alcance, propósito ou da área médico-terapêutica que os utiliza (teletherapy, online therapy, virtual therapy, telepsiquiatria, telepsicologia, etc.). Estudo da OMS mostra que, em média, os países mais pobres têm ‘2 profissionais de saúde mental (SM) para cada 100 mil indivíduos’, quando nos países ricos a média é superior a ‘50 profissionais de SM para cada 100 mil pessoas’. Assim, é fácil explicar por que as soluções DHMS vem crescendo aceleradamente nos países emergentes e nos mais pobres, que utilizam plataformas de Telemedicina para prover suporte online a pacientes carentes de cuidados mentais. É provável que enquanto você lê este texto alguns milhões de indivíduos estejam nas telas digitais buscando orientação e conforto com profissionais especializados em saúde mental. Uma das nações mais avançadas nesse ambiente digital de ‘proteção a coronofobia’ é a Austrália.

A Southern Cross University, da Austrália, publicou em julho de 2020 uma pesquisa sobre as experiências e percepções dos pacientes com a Teleterapia, com 98% dos entrevistados revelando que a Covid-19 impactou significativamente seus cuidados de saúde mental. Desses, 66% disseram que haviam usado a terapia virtual, com mais de 57% desejando continuar nesse formato mesmo depois que as restrições pandêmicas cederem (uma porcentagem ainda maior revelou que recomendaria a prática para outra pessoa). Vários países fazem uso intenso dos DMHS (incluindo o Brasil), mas a Austrália talvez seja o país mais profícuo e experiente nesse segmento. Um importante trabalho publicado na The Lancet em novembro de 2020 (“User characteristics and outcomes from a national digital mental health service: an observational study of registrants of the Australian MindSpot Clinic”) mostrou o resultado dos primeiros 7 anos de um dos mais antigos e respeitados DMHS do mundo: o Australian MindSpot Clinic, um serviço financiado pelo governo federal que fornece remotamente avaliação psicológica e tratamentos para australianos com problemas de saúde mental. O estudo envolveu mais de 120 mil usuários do DMHS nacional, que representa uma ampla seção transversal da população australiana. Segundo o trabalho, até 12 de junho de 2020 a maioria dos mais de 250 relatórios publicados sobre “tratamentos psicológicos estruturados fornecidos pela Internet, principalmente para ansiedade, depressão e transtornos somáticos” mostraram reduções grandes e clinicamente significativas nos sintomas-alvo. Quanto aos resultados dos tratamentos virtuais, “a magnitude geral das melhorias clínicas obtidas nos cursos e tratamentos do MindSpot permanece consistentemente alta, com mais de 50% de redução nos sintomas de ansiedade e depressão após o tratamento (mantido por até 3 meses)”, explica o relatório da Lancet. O resultado baseado em evidências confirmou a eficácia e eficiência do MindSpot em fornecer avaliação e tratamento online. Seu site perfila duas mensagens centrais: (1) “Permaneça resiliente durante a Covid-19”; e (2) “Compreendemos que navegar por esses tempos incertos pode ser difícil e angustiante. Nós estamos aqui para ajudar”.

Os DMHS são agora atendimentos de rotina em vários outros países, como Canadá, Dinamarca, Holanda, Noruega, Suécia, EUA, entre outros. Mas é nos países emergentes, como o Brasil, que os serviços digitais voltados a Saúde Mental crescem sobremaneira. Centenas de novas empresas e milhares dos mais de 300 mil psicólogos e quase 11 mil psiquiatras nacionais passaram a atender de forma virtual. Embora ainda estejam em sua fase embrionária no Brasil e na América Latina, os DMHS estão cada vez mais associados a padrões de governança clínica e organizacional, com plataformas mais funcionais e robustas para o atendimento e suporte terapêutico. Os sistemas remotos de suporte mental devem crescer ainda mais depois que a OMS divulgou um estudo em 5 de outubro mostrando que ‘93% dos países do mundo interromperam seus serviços de saúde mental’ (presencial) durante a pandemia de Covid-19, incluindo o Brasil. Segundo a entidade, a pandemia multiplicou as demandas nesse campo, principalmente porque os transtornos mentais impactam negativamente as Economias (antes da covid-19, a perda de produtividade por depressão e ansiedade entre os trabalhadores era estimada anualmente em US$ 1 trilhão). Na pesquisa, a OMS lembrou que a saúde mental é a área que menos recebe recursos dos orçamentos da saúde, com uma média inferior a 2%, apesar de as necessidades só aumentarem. Os serviços digitais orientados a saúde mental estão no campo do atendimento direct-to-consumer, e nesse sentido, precisam seguir regras bioéticas, regulatórias, legais e sistêmicas que possibilitem o controle e a qualidade do serviço. Ainda que a pandemia tenha colocado um “macaquinho na sala de cristais”, fazendo com que seja difícil controlar, regular, vigiar e ao mesmo atender a uma colossal demanda de atendimento terapêutico-mental, esse controle deverá ser cada vez mais intensificado, principalmente dentro do escopo da LGPD (lei geral de proteção de dados pessoais).

A pandemia readaptou nossa rotina, remodelou nossas necessidades, trouxe angústia, medo e tristeza pela falta da convivência social e pelo temor ao vírus. Embora pareça tolo lembrar, é sempre interessante ressaltar que ‘não há vacina para os impactos mentais da Covid-19’, como também não existem curas milagrosas, fórmulas herbais miraculosas, ou medicamentos sem colateralidades. Psicoterapia à distância pode aliviar tensões, contornar abismos e até proteger as gerações futuras das franjas pandêmicas. O criador da psicanálise, Freud (que também utilizou a ‘remotalidade’, trocando cartas constantemente com seus pacientes), inseriu o termo “trauma” no vocabulário psíquico para explicar uma situação com a qual ainda não estamos preparados para lidar. Um evento traumático é um ‘momento inaugural’, algo que nunca tínhamos passado antes, com um superlativo ‘tranco’ em nossos conteúdos mentais. Ao nosso lado, nos fazendo companhia, criando alento quando tudo parece pequeno e menor, está a Ciência. Se ela nos permite a remotelização e seus instrumentos de comunicação ubíqua, não podemos deixar de tentar usar os DMHS para mitigar nossas angústias e agonias pandêmicas. O próprio Freud explicou: “Qualquer coisa que encoraje o crescimento de laços emocionais tem que servir contra os traumas. A serenidade é um problema individual, e nesse caso nenhum conselho é válido. Cada um deve procurá-la por si só”.

 

Guilherme S. Hummel

Coordenador Científico - HIMSS@Hospitalar Forum

eHealth Mentor Institute (EMI) - Head Mentor

Saúde Baseada em Valor é tema de painel promovido pela Medtronic

Article-Saúde Baseada em Valor é tema de painel promovido pela Medtronic

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Saúde Baseada em Valor. O tema foi pauta na tarde desta quarta-feira, 04, no Omnia Health Live Americas. O evento acontece até sexta-feira, 06, totalmente online, com inscrições gratuitas e conteúdo que pode ser acompanhando ao vivo e on demand e reúne experts do setor no continente, em uma parceria realizada entre Hospitalar, FIME e ExpoMed

A mesa, promovida pela Medtronic, foi mediada por Cesar Abicalaffe, presidente do Instituto Brasileiro de Valor em Saúde. Participaram deste encontro: Paulo Moretti, gerente sênior de economia de saúde da Medtronic; Tereza Veloso, diretora Técnica e Médica da SulAmérica; Vanessa Teich, superintendente de economia  da saúde do Hospital Albert Einstein; e Vilma Dias, diretora-executiva da AsQ Saúde.

Abicalaffe tratou da importância do acesso aos dados médicos, sejam esses de pacientes, doenças ou até mesmo administrativos. A marca usada como exemplo foi a Medtronic, representada por Paulo Moretti.

Um dos grandes desafios citados e que precisa ser superado são as métricas de resultados do trabalho feito de forma que ele permaneça seguro e assertivo. Segundo Vanessa Teich, para que esta informatização seja bem feita “é preciso estimular uma maior previsibilidade de custos para não gerar gastos desnecessários. Alguns desfechos são simples e podemos envolver a sociedade com os dados de valor”, afirmou.

Apesar do grande interesse para que seja mantida a preocupação desta informatização, os participantes citaram a questão do planejamento bem feito antes da implementação, para que não ocorram grandes problemas. Segundo Tereza Veloso, é importante preparar o paciente previamente para as mudanças. “Existe já uma grande inclinação do mercado na mudança de modelo de entrega aos pacientes. Nem todos estão prontos para isso, portanto ainda temos que investir no planejamento”.

Para Vilma Dias o foco deve ser a m      ensuração correta. “Precisamos de estrutura para fazermos a adesão de todos protocolos”, afirmou. “Para medirmos de forma adequada é preciso uma mensuração bem feita, senão teremos produtos e resultados envesados. Precisamos usar toda essa tecnologia a nosso favor nessa mensuração”, finalizou a executiva.

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Banca do CBEXs fala sobre a importância da liderança na pandemia

Article-Banca do CBEXs fala sobre a importância da liderança na pandemia

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Na noite do segundo dia de Omnia Health Live Americas, aconteceu o painel patrocinado pelo Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBEXs). A discussão teve o tema Liderança e Gestão Estratégica de Pessoas em Saúde: Desafios e Perspectivas. Quatro importantes representantes do Colégio falaram sobre a importância da liderança em um cenário pandêmico e também no pós-pandêmico.

Francisco Balestrin, presidente do CBEXs e mediador do debate, deu início à discussão esclarecendo sobre os vários cenários vividos e sobre a velocidade assustadora com que as coisas estão mudando. “Neste futuro ou neste presente precisamos de cultura de alto desempenho, com lideranças de alta performance, desafio esse que só poderá ser alcançado com o desenvolvimento de pessoas e de líderes que irão promover a transformação da saúde”, completou Balestrin, passando a palavra para Evandro Tinoco Mesquita, presidente do Capítulo Rio de Janeiro do CBEXs.

Tinoco falou sobre como essas lideranças, ao seu ver, se comportaram neste período de alto desafio que vivemos. Em sua fala, enfatizou que o líder, atualmente, precisa ter uma relação de muita transparência com a sua equipe e precisa trabalhar em ambientes de incertezas. “A incerteza causada pela pandemia fez com que líderes se aproximassem das suas equipes e pudessem compartilhar com elas o propósito”, completou Tinoco. Além disso, mencionou o papel do líder de entender cada vez mais o fator humano e que eles devem ter um propósito com suas empresas, hospitais, organizações públicas e privadas, que seja conectado com a ciência, a pesquisa, o conhecimento e a necessidade de se comunicar com o povo.

Christiano Quinan, presidente do Capítulo Goiás do CBEXs, foi quem deu continuidade à discussão: “A liderança não pode ter protagonismo. O líder precisa criar protagonistas, precisa influenciar protagonistas”. Além disso, Quinan falou sobre fato de que líderes foram colocados à prova neste momento e que precisam ser inovadores, colaborativos e entender a mudança de gerações e a mudança no comportamento das pessoas neste momento pandêmico.

Larissa Eloi, diretora-executiva do CBEXs, concordou com o que foi falado anteriormente e acrescentou: “A liderança tem de estar muito conectada à influência social; não adianta você ser líder e não inspirar pessoas para uma visão clara e objetiva”. Larissa também falou da necessidade do líder de ter ousadia para aprender e que isso complementa essa dinâmica contínua e rápida que vivemos hoje.

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Uso da saúde digital para prever crises sanitárias é tema de debate no primeiro dia de Omnia Health Live Americas

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No primeiro dia de Omnia Health Live Americas, experts do setor de saúde se reuniram para debater diversos assuntos, entre eles o uso de recursos digitais para prever e administrar futuras crises sanitárias. Participaram do debate da tarde desta segunda-feira, 02, Carlos Otero, CIO do Hospital Italiano de Bueno Aires; ilker Köse, Professor e Diretor da Medpol University; e Nick Guldemond, Professor of Integrated Care and Technology na Sechenov First Moscow State Medical University. A mediação ficou por conta de Guilherme Hummel, Coordenador de conteúdo do HIMSS@hospitalar Forum.

Durante o painel, o ponto central citado foi sobre como podemos observar as novas tecnologias implementadas nos últimos 10 meses tanto em hospitais como laboratórios. Com o aparecimento da COVID-19, foram evidenciados o atraso digital na área da saúde e até mesmo tecnologias que já existiam e não eram utilizadas, o que gerou um grande caos.

Por muito tempo, a telemedicina já existia, porém não era usada, pois a maioria da população sempre preferiu usar o modo presencial. Só com a COVID-19 surgiu a necessidade, porém não é uma novidade”, contou Carlos Otero.

Ilker Kose expôs o panorama do uso da tecnologia na Turquia, onde bem antes da pandemia diversos sistemas online já eram usados no sistema público de saúde. “O Sistema de telerradiologia já funciona há mais de 10 anos. Toda essa infraestrutura ajuda o Ministério da Saúde a entender o que está acontecendo, junto com o controle de infectados pela COVID-19”, explicou o professor.

Já na perspectiva do uso da saúde digital no Brasil, Hummel destaca que a implementação dessas soluções pode criar mais fragmentação do cuidado da saúde. “Temos uma alta fragmentação aqui, o que é incrível, já que a saúde digital existe justamente para reduzir essa fragmentação”. O coordenador de conteúdo do HIMSS@hospitalar ainda complementa dizendo que isso pode ser consequência da implementação aleatória e sem planejamento devido à pressão exercida pela COVID-19.

            Nick Guldemond encerrou o debate tocando em outro ponto do uso da tecnologia que foi bastante evidenciado durante a pandemia: o uso de prontuários eletrônicos para aumentar a eficácia do atendimento, utilizando informações prévias sobre o paciente. “fazendo um panorama da pressão e cuidados do sistema de saude, a tendência é que isso aumente, junto com o crescimento de pacientes com doenças crônicas e ter que lidar com menos recursos financeiros e de força de trabalho”.

Networking e conteúdo continuam até o final desta semana

O Omnia Health Live Americas continua até o final desta semana, oferecendo oportunidade de networking com fornecedores de diversos países, além de sessões virtuais e apresentações sobre assuntos essenciais.

Entre os destaques da programação de hoje, você poderá conferir o debate sobre Novos modelos de atendimento e portas de entrada - Sistemas internacionais, mediado por Ezequiel Garcia Elorrio, do IECS; Os impactos da reforma tributária, com a participação de membros do SINDHOSP, CBEXs e FEHOESP; Qualidade e Segurança do Paciente, debate mediado pelo Dr. Fábio Leite Gastal; Liderança e Gestão Estratégica de Pessoas em Saúde, com a participação de experts da ONA, CBEXs e Anahp; e muito mais.

O evento é totalmente gratuito. Faça aqui sua inscrição

 

O que o consumidor pensa sobre a saúde digital é tema de painel do Omnia Health Live Americas

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O primeiro dia de Omnia Health Live Americas trouxe para debater muitos assuntos, em especial sobre o uso da tecnologia como aliadas para melhorar o atendimento ao paciente, bem como auxiliar médicos e instituições na prestação de seus serviços. A palestra do diretor de Global Health Practice da Accenture, Kaveh Safavi, baseou-se em dados de uma pesquisa realizada pela empresa que apontou estagnação do uso de plataformas digitais de saúde pelos consumidores.

O estudo foi feito nos Estados Unidos, no fim de 2019, mas traz lições úteis para todos os países, guardadas as particularidades culturais de cada um”, explicou o executivo.

De acordo com Safavi, a telessaúde estava em trajetória de crescimento, mas demonstrou estagnação antes mesmo da COVID-19. Três aspectos teriam influenciado esse comportamento:

  1. Má experiência do paciente com a saúde digital: ele não volta a usar a tecnologia;
  2. Falta de confiança com o uso de seus dados;
  3. Falta de recomendação do médico: o profissional precisa reconhecer a utilidade da plataforma virtual e transmitir confiança ao paciente.

Apesar da aceleração tecnológica provocada pela COVID-19, os aprendizados da pandemia devem ser analisados e utilizados para que as empresas aperfeiçoem seus serviços.

Outra questão que surgiu na pesquisa da Accenture foi a concentração da tecnologia entre os mais ricos. “É usada pelos 20% por quem tem maior renda familiar”, revelou o palestrante. “Para que todos usufruam dos benefícios da telessaúde, também devem ser lavados em conta o aspecto financeiro e a infraestrutura necessária para acessar os serviços.”

O executivo finalizou sua apresentação com a consideração de que, quando se fala em telessaúde não significa uma transição de um mundo presencial para o virtual, mas um cenário misto, com a tecnologia como apoio ao atendimento de pacientes.

Conhecimento e networking

O OHLA – Omnia Health Live Americas acontece de 2 a 6 de novembro de 2020, em formato 100% digital. É a maior exposição virtual para o Brasil e Américas, realizado pela Hospitalar, em parceria com os eventos FIME e Expo Med, dos Estados Unidos e México respectivamente.

 

Você pode ter acesso aos conteúdos ao vivo e on demand, além de encontrar fornecedores atuais e novos, ampliar seu networking e conhecer novos produtos e serviços de mais de 700 empresas nacionais e internacionais. Inscreva-se gratuitamente através do site live.omnia-health.com/americas .