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Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo se consolida como um dos mais importantes do país na área da saúde

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A Federação Brasileira de Hospitais (FBH) promoveu na quarta, dia 25/11, às 19h, a solenidade de entrega do Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo 2020. 4 trabalhos foram escolhidos entre 233 enviados. O Vencedor de cada categoria recebeu um prêmio de 15 mil reais.

O Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo foi realizado pela primeira vez em ambiente virtual, com transmissão pelo Facebook e pelo Instagram. A cerimônia, que reconhece as melhores reportagens do país na área da saúde, premiou 4 dentre as 233 reportagens que concorriam. As quatro categorias premiadas foram Impresso, Internet, Rádio e TV. Esta 6ª edição do Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo tem um significado especial, já que 2020 ficará marcado pelos impactos de uma das maiores crises sanitárias da história.

A importância desse prêmio na área da saúde, em especial em um ano como este em um setor que está sofrendo tantas mudanças e modificações, dispensa explicações”, comentou Eduardo Barros, diretor de negócios da Informa Markets, na abertura da premiação. Barros também parabenizou todos os vencedores e ressaltou a honra da Hospitalar em poder patrocinar essa premiação.

A pandemia da COVID-19 revelou as deficiências e os pontos fortes dos sistemas público e privado do setor, captados pela sensibilidade de profissionais comprometidos com a apuração e a divulgação das informações mais precisas à população. O objetivo do Prêmio Synapsis é justamente o de enaltecer trabalhos jornalísticos que auxiliam na compreensão dos problemas enfrentados pelo setor, bem como evidenciam experiências exitosas e cobram soluções para as necessidades da população.

Confira os vencedores do Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo 2020:

Categoria Impresso, Dados do SUS revelam vítima-padrão de Covid-19 no Brasil. A reportagem é de Marcelo Soares para a Revista Época.

Categoria Internet: As mães da Zika abandonadas no coração do país, de Juliana Contaifer, com a reportagem especial do Jornal Metrópoles.

Categoria Rádio: “Os obstáculos para o nascimento humanizado”, de Gabriela Mayer, com a reportagem da Rádio BandNews FM

Categoria TV: “Manaus vive cenário de caos nos hospitais e nos cemitérios por causa do coronavírus”, de Luciana Marques de Oliveira levou o prêmio com a reportagem especial do Fantástico da Rede Globo

O Prêmio Synapsis é promovido pela FBH em parceria com a Hapvida e a Hospitalar, além da parceria institucional da Federação Nacional dos Jornaistas (Fenaj) e da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel) e na edição deste ano premiou os vencedores com 15 mil reais. Os jurados que escolhera os vencedores foram Luiz Carlos Duarte, jornalista e escritor; Michelle Trombelli, jornalista, repórter especial da Produtora Doc Films e Clauber Bezerra, jornalista e consultor de comunicação e marketing político. Eles avaliaram todos os trabalhos classificados, conforme critérios técnicos estabelecidos pelos organizadores da 6ª edição do Prêmio Synapsis.

O vídeo completo da premiação pode ser conferido no Instagram oficial da premiação

 

Milagre da Conversão: quando o Antivacina encontra um tubo endotraqueal

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Fernando Pessoa explicou a fragilidade diante da incerteza: “Minha inteligência tornou-se um coração cheio de pavor. É com minhas ideias que tremo e é com a consciência de mim que me esmago”. O poeta expressou um inequívoco dogma: somos quebradiços diante da realidade. Pacientes mais graves da Covid-19, por exemplo, podem precisar de ‘oxigenação forçada por ventilação’, quando um tubo endotraqueal é inserido pela boca, adentrando a traqueia e chegando ao pulmão. Em geral sedado, o paciente recebe uma carga assustadora de desconforto com reflexos paralelos, como náuseas, vômitos, dor, deglutinação, etc.  O procedimento exige perícia, pois a intubação pode gerar danos cerebrais, parada cardíaca e até a morte. Trata-se, enfim, de um dos ‘procedimentos-covidianos’ mais ásperos e desconfortáveis, capaz de aterrorizar qualquer paciente, ou até converter alguns anti-vaxxers em militantes ativos da vacinação.

No século XVIII, Voltaire escreveu que os ingleses eram “tolos, porque dão varíola aos filhos para evitar que a contraiam; e loucos porque comunicam arbitrariamente a eles uma terrível enfermidade apenas para preveni-los de um mal incerto”. Talvez na época fosse coerente a repulsa do pensador: uma vacina era uma agulha de cerzir coberta de pus extraído de uma vaca doente. Se a ciência imunológica avançou, os movimentos antivacinação também se reciclaram. Nos últimos tempos foram estimulados por ‘fundamentalistas-antivacina’, como o ex-médico e ex-pesquisador Andrew Wakefield, que em 1998 publicou um texto (“MMR vaccination and autismo”) na revista The Lancet estabelecendo uma suposta relação entre a vacina tríplice e o autismo. O fraudulento artigo foi rechaçado à exaustão por inúmeros estudos, sendo que em 2010 o Conselho Médico Britânico caçou sua licença e o acusou de fraude e desonestidade ética (condenado pela justiça em 2014). Mas o estrago já estava feito.

Um terço da população do Reino Unido diz não ter certeza se quer ser vacinada contra o coronavírus, segundo pesquisa da Royal Society e da British Academy. Nos EUA, a metade também diz ter dúvidas.  No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações para 2019 mostra que após 20 anos o país sofreu uma queda sensível na cobertura vacinal de crianças, não atingindo a meta das principais vacinas para indivíduos com até 2 anos de idade. Na França, berço do iluminismo, da lógica cartesiana e de Pasteur, quase uma em cada duas pessoas manifesta não querer ser vacinada contra a Covid-19, segundo estudo da Ipsos e do World Economic Forum. Todos esses dados são incertos: dificilmente saberemos com certeza o volume de anti-vaxxers em qualquer canto do mundo antes da primeira vacinação em massa contra o coronavírus. O que realmente mantém os especialistas vigilantes são os “hesitantes”, aquelas pessoas que expressam “não sei, tenho medo de vacinar”. São indivíduos normais que desenvolvem alguma fobia a envolvimentos que não entendem (não dominam), e como proteção se rebelam (como expressa um velho ditado espanhol: “a ignorância é atrevida”). Compram com facilidade a informação conspiratória, sentem-se confortáveis em contrariar a medicina e são reféns do discurso tolo que os coloca como “reserva moral dos fantasmas da ciência”. No fundo, os radicais que se recusam definitivamente a qualquer vacina seriam apenas 7%, segundo pesquisa publicada em novembro pela JL Partners. Ainda assim, o mesmo estudo mostra que um em cada cinco indivíduos relutam em algum grau, alegando que os “testes são sempre incompletos”. Felizmente, aqueles que correm maior perigo (idosos) são mais entusiastas, com 9 em cada 10 deles dispostos a vacinação, segundo o estudo.

Uma das estratégias utilizadas pelos pesquisadores para neutralizar os hesitantes é ‘alarmá-los’. Em 2015, Zachary Horne, professor de psicologia da Arizona State University, dividiu 315 participantes em três conjuntos. O primeiro grupo leu histórias reais de crianças que contraíram sarampo (olhando fotos e detalhes) e se envolvendo no rol de advertências sobre a importância da vacinação. O segundo grupo simplesmente leu as estatísticas que mostravam que não há ligação entre vacinação e autismo, sendo que o terceiro leu sobre um tópico não relacionado. O grupo exposto às histórias reais das crianças teve maior probabilidade de mudar sua atitude em relação as vacinas do que os outros dois grupos. Outro estudo semelhante, publicado em 2019 (“Exposing vaccine hesitant to real-life pain of diseases makes them more pro-vaccine”), mostra que estudantes universitários que hesitaram em se vacinar foram designados para entrevistar pessoas que tinham doenças evitáveis ​​por vacinação, como a poliomielite. Depois disso, quase 70% deles se tornaram pró-vacina.

O professor de ciência política da Oklahoma State University, Matt Motta, também publicou em março de 2020 um trabalho (“Correcting Misperceptions about the MMR Vaccine: Using Psychological Risk Factors to Inform Targeted Communication Strategies”) mostrando que quando as pessoas preocupadas com a contaminação ouvem a descrição dos ‘sintomas do sarampo, descritos em profundidade’, reduzem em 10% a aceitação de informações incorretas sobre a vacina. Em 2015, Kristen O'Meara, uma ‘xiita da antivacinação’ com participação nos grupos anti-vaxxers, viu seus três filhos sofrerem um brutal ataque de rotavírus, com vômitos e intensas diarreias. Enquanto lutava pela recuperação deles, O'Meara teve a “percepção profilática” de que existiam vacinas para o rotavírus. Comprou livros, buscou vídeos e conversou com pessoas com igual problema e que se ampararam na vacina. Sua conversão foi dolorosa e combatida por seus pares antivacinação, mas foi lúcida e real. Afinal, os riscos da não-vacinação estavam dentro da sua casa e gemiam de desespero.

Outra estratégia utilizada pela comunidade médica está centrada na ‘autoridade da ciência e da medicina’. Pediatras podem, por exemplo, dizer aos pais durante a consulta do filho quais vacinas ele deve receber, ao invés de perguntar “quais vocês gostariam que ele recebesse?”. De acordo com uma pesquisa (“The Architecture of Provider-Parent Vaccine Discussions at Health Supervision Visits”), os pais têm muito mais probabilidade de evitar a vacinação se o pediatra transfere a responsabilidade a eles, expressando, por exemplo: "O que você quer fazer sobre as vacinas?". No estudo, os pais tinham chances significativamente maiores de resistir às recomendações da vacina quando o médico usava um formato de propósito participativo e não presuntivo-probabilístico (“Ele realmente precisa dessas injeções”). Uma das consequências desse debate é o crescimento contínuo das argumentações em favor da compulsoriedade das vacinas.

É notório que vários governos (incluindo os altamente competentes na produção de vacinas) dedicam poucos recursos para neutralizar a relutância dos hesitantes da vacinação contra a Covid-19, conforme expõe o relatório da força-tarefa de epidemiologistas e especialistas em comportamento, coordenada pela Johns Hopkins University e publicado em julho de 2020 (“The Public’s Role in COVID-19 Vaccination”). Nesse viés, Brasil e EUA são exemplos claros de comunicação federal ineficiente para acalmar a população e explicar as falências da não-vacinação. Brincam de cabra-cega com o público noticiando com alarde o avanço das vacinas, mas pouco educando-o a não ter medo delas. Olga Khazan, jornalista premiada duas vezes com o prêmio International Reporting Project's Journalism Fellowship, editora de saúde da publicação “The Atlantic” e autora da obra Weird: The Power of Being an Outsider in an Insider World” descreveu em outubro de 2020 uma ‘sugestão-metodológica’ para médicos e lideranças políticas:  “...talvez eles pudessem traçar o perfil de cada criança que já teve efeitos colaterais pós-vacina e descrever exatamente como os sintomas estavam (ou, mais provavelmente, não estavam) relacionados à imunização. Talvez pudessem guiar os leigos hesitantes pelo interior dos estudos que desmentem as lesões por vacinas, mostrando claramente por que a documentação científica não mostra aquilo que os céticos da vacinação querem que mostre. Talvez os médicos pudessem encorajar as pessoas a se imaginarem engasgando com um tubo endotraqueal de ventilação, enquanto seus familiares assistem pelo vidro do lado de fora da UTI. Talvez pudéssemos fazer todas as opções acima simultaneamente e dar a todos uma chance maior de imunidade coletiva”.

 

Guilherme S. Hummel
Coordenador Científico – HIMSS Hospitalar Forum
eHealth Mentor Institute (EMI) - Head Mentor

Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo se consolida como um dos mais importantes do país na área da saúde

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Pela primeira vez, a cerimônia, que reconhece as melhores reportagens do país na área da saúde, será realizada em ambiente virtual, com transmissão ao vivo pelas redes sociais. Na edição deste ano, 233 reportagens concorrem nas áreas de TV, Impresso, Internet e Rádio.

Esta 6ª edição do Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo tem um significado especial, já que 2020 ficará marcado pelos impactos de uma das maiores crises sanitárias da história. A pandemia da Covid-19 revelou as deficiências e os pontos fortes dos sistemas público e privado do setor, captados pela sensibilidade de profissionais comprometidos com a apuração e a divulgação das informações mais precisas à população.

O objetivo do Prêmio Synapsis é justamente o de enaltecer trabalhos jornalísticos que auxiliam na compreensão dos problemas enfrentados pelo setor, bem como evidenciam experiências exitosas e cobram soluções para as necessidades da população.

INCENTIVOS

O Prêmio Synapsis é promovido desde 2015 pela Federação Brasileira de Hospitais (FBH). Como patrocinadores, conta, desde a primeira edição, com o grupo Hapvida, o maior operador de planos de saúde do Norte e do Nordeste do Brasil, e, agora, com a Hospitalar, a maior e mais relevante feira de negócios do setor Saúde. Além da parceria institucional da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abratel). 

A cada edição, a premiação, que surgiu para provocar reflexões em prol da melhoria do sistema de saúde, vem se consolidando como uma oportunidade para que jornalistas sejam reconhecidos pelo trabalho desenvolvido em busca de debates proativos e soluções para o aprimoramento do setor como um todo. 

CLASSIFICADOS E VENCEDORES

Foram 233 trabalhos jornalísticos classificados para concorrer ao Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo 2020, nas categorias TV, Rádio, Impresso (Jornal ou Revista) e Internet (sites, portais de notícias ou blogs). Apenas quatro trabalhos foram escolhidos – sendo um de cada categoria – por melhor contribuírem para as discussões ligadas à saúde, promovendo reflexões e instigando o debate de gestores e profissionais da área e dos próprios usuários do sistema público e privado. O vencedor por categoria receberá R$ 15 mil.

JURADOS

Para selecionar os vencedores, a premiação contou com um júri, composto por uma equipe de profissionais qualificados e com experiência prática na área jornalística. Estão entre eles: Luiz Carlos Duarte, jornalista e escritor; Michelle Trombelli, jornalista, repórter especial da Produtora Doc Films – ela também já executou trabalhos jornalísticos na Band, na Bandnews FM e na CBN; e Clauber Bezerra, jornalista e consultor de Comunicação e Marketing político. Eles avaliaram todos os trabalhos classificados, conforme critérios técnicos estabelecidos pelos organizadores da 6ª edição do Prêmio Synapsis. 

CERIMÔNIA DE PREMIAÇÃO

A solenidade de entrega do Prêmio Synapsis FBH de Jornalismo 2020 será nesta quarta-feira, 25, a partir das 19h (horário de Brasília). Pela primeira vez, a cerimônia será realizada em ambiente virtual, com transmissão pelas redes sociais do Prêmio: Facebook e Instagram (@premiosynapsisfbh), como forma de evitar a disseminação do novo coronavírus. 

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Anahp lança Manual de Melhores Práticas em LGPD no Conahp 2020

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O Congresso Nacional dos Hospitais Privados (Conahp) da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) aconteceu na última semana, entre os dias 16 e 20 de novembro. Durante o evento, que teve como tema “Lições da pandemia: desafios e perspectivas para o sistema de saúde brasileiro”, a Anahp fez o lançamento de mais uma de suas publicações exclusivas, como já é de costume.

Neste ano, por exemplo, o tema abordado está em pauta em todos os setores: A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Recentemente a LGPD entrou em vigor no Brasil e com isso as empresas tiveram que se apressar para garantir que os dados que possuem estejam sendo tratados e processados de forma adequada. Foi pensando em auxiliar as instituições de saúde a melhorarem esse processo que a Anahp lançou o Manual Melhores Práticas LGDP, resultado de uma ampla pesquisa baseada nas regulamentações de proteção de dados pessoais de outros países, mas com foco na aplicação de questões práticas sobre o tema.

Kamila Fogolin, diretora jurídica e compliance da Anahp e coautora do manual, falou do envolvimento do time da Anahp, que reinventou o Conahp, reformatando o congresso, em razão da necessidade de ainda se manter o distanciamento físico e transformaram o evento em virtual, gratuito e ainda mais interativo. Para ela esse ano foi um ano de desafios nos mais diversos âmbitos das nossas vidas, e na área jurídica não foi diferente.

A LGPD, que vinha sendo discutida e esperava-se que entrasse em vigor em meados do próximo ano, acabou sendo publicada em outubro e já está vigendo. Com isso a Anahp desenvolveu esse material em conjunto com o escritório PG Advogados.“Hoje mais do que nunca as empresas precisam garantir que os processos estejam adequados de maneira correta conforme ordena a lei e o Manual de Melhores Práticas LGPD foi elaborado pensando em como auxiliar a todos nesse processo de implementação”, concluiu Kamila.

O material está disponível na sessão de conteúdos da Anahp e pode ser acessado através do link: http://conteudo.anahp.com.br/cartilha-lgpd-anahp

Maratona digital da longevidade aborda o futuro do atendimento à população idosa

Article-Maratona digital da longevidade aborda o futuro do atendimento à população idosa

O evento acontece anualmente de forma presencial, mas contou com uma edição virtual em 2020 devido à pandemia do novo coronavírus, e traz um canal de relacionamento, negócios e conteúdo para o público sênior.

No primeiro dia do evento, os participantes contaram com a presença de quatro grandes especialistas do setor que trouxeram para debate o tema: “Expectativas e desafios no atendimento ao público longevo. A saúde cada vez mais personalizada”.

Durante a oportunidade estiveram presentes: Maísa Kairalla, coordenadora do ambulatório de transição de cuidados da disciplina de geriatria e gerontologia da Unifesp; Luiz Antônio Gil, Médico do Pronto Atendimento Geriátrico e do Núcleo de geriatria do Hospital Sírio-Libanês; Kellen Negreiros, Médica do Pronto Atendimento Geriátrico e do Núcleo de geriatria do Hospital Sírio Libanês; Além do mediador Venceslau Coelho, consultor da corretora Willis Tower Watson, médico Advisor e membro do conselho médico da Nilo Saúde.

Maísa abriu o bate-papo com suas expectativas e desafios no atendimento da longevidade. Ela comenta que a imunização é aliada do envelhecimento. Para ela, educar e informar e população é essencial para o envelhecimento sustentável. Ela também apresenta alguns dados sobre doenças como pneumonia, diabetes e COVID19.

Envelhecer sustentavelmente engloba diversos fatores para o futuro. Precisamos envelhecer com vontade, sem medo, sem preconceitos. Nós começamos a envelhecer com 28 ou 29 anos e 70% dessa saúde, depende do que fazemos. A gente precisa poupar para gastar depois”, finaliza Maísa.

Em seguida, o Dr. Luiz Antônio fala sobre suas percepções em relação ao atendimento oferecido nas emergências dos hospitais: “Nas próximas décadas, o número de idosos vai aumentar. Viver mais do que 60 ou mais do que 80 vai ser, cada vez mais, considerado usual”. Ele conta que os idosos representam uma parcela importante dos pacientes que buscam o pronto atendimento. Para ele, é preciso que a equipe esteja preparada como um todo, desde o porteiro até os médicos e enfermeiros.

Pacientes idosos devem ser tratados de forma individualizada, mesmo que tenham os mesmos sintomas de pacientes da sua mesma faixa etária. É essencial visualizar o quadro completo para avaliar as causas do problema. É preciso estudar o idoso como um todo, inclusive suas características pessoais”, afirma Luiz Antonio.

Dando continuidade às apresentações, Dra. Kellen, conta como o atendimento geriátrico é a chave para a prevenção de queda de idosos. Para ela, a personalização do cuidado e a medicina focada no paciente são as chaves para a escolha ideal para o tratamento do paciente. “A queda de idosos é um evento extremamente comum, com taxas extremamente altas. É necessária uma avaliação ampla e complexa para avaliar as causas desse problema”, completa a médica.

Por fim, o mediador aborda a importância da inclusão digital para melhorar os cuidados com a saúde. Ele faz uma bela apresentação sobre como os idosos podem ser integrados a essa nova era digital. O médico faz apresentações de gráficos e informações sobre como as pessoas aceitam as tecnologias.

O uso do teleatendimento pelo idosos deve ser natural. Ele precisa acreditar que será capaz de usar a tecnologia com sucesso. Esse idoso também precisa ter o apoio de seus familiares e médicos, que dão credibilidade e segurança para o uso da tecnologia. A situação é complexa e precisa de inclusão”, finalizou Venceslau.

Banca discute a capacidade de adaptação em momentos de crise no Conahp

Article-Banca discute a capacidade de adaptação em momentos de crise no Conahp

Durante o último Congresso Nacional dos Hospitais Privados, promovido pela Anahp, que teve o tema “Lições da pandemia: desafios e perspectivas para o sistema de saúde brasileiro”, um time de especialistas de reuniu para discutir os Modelos assistenciais com capacidade de adaptação em momentos de crise.

O debate teve a presença de Leandro Tavares, vice-presidente médico da Rede D’or São Luiz; Luiz Eduardo Bettarello, diretor-executivo médico e de desenvolvimento técnico da Beneficência Portuguesa de São Paulo; e Rodrigo Guerra, superintendente executivo da Central Nacional Unimed (CNU). A mesa foi mediada por Diogo Dias, diretor clínico do Hospital Porto Dias.

Leandro abriu o debate com sua visão de que o mundo está mudando muito rápido, e que em um momento pré-pandemia era muito comum a discussão sobre modelos assistenciais ser binária, mas hoje ter mudado. “A pandemia trouxe a real dimensão de complexidade que o setor de saúde tem e como é difícil endereçar os problemas do setor de saúde no Brasil”, completou. Para ele, não adianta tratar os problemas do Brasil com literatura estrangeira: “É preciso olhar para as diferentes necessidades que a população brasileira tem para poder trazer soluções de acordo com o cenário nacional”, concluiu.

Em seguida, Luiz Eduardo trouxe seis tópicos importantes para gerenciamento de crise. “Para esse cenário, é preciso uma comunicação confiável, um ambiente seguro, manter o atendimento, superar os desafios de financiamento e cuidar de quem cuida e explorar nova formas de parceria e responsabilidade social” completou.

Ele ainda reforça a importância de ter informações adequadas em todos os canais e comunicação direta; adequação do espaço para garantir distanciamento e garantia de EPIs; telemedicina e check-in eletrônico; ministrar contratações e lidar com a queda de receita e o aumento de custos; ampliar o Programa de Apoio Pessoal (PAP) e home office para equipes administrativas; e usufruir de parcerias com leitos no HC e atuar fortemente na Coalizão Covid-19 Brasil e Munícipios Contra o Coronavírus.

Por último Rodrigo Guerra definiu que a palavra do ano da saúde é integração. Neste cenário atual “O conceito de eficiência passa a ser outro. Passamos a medir a eficiência pela prontidão, a capacidade de reação e de dar respostas rápidas ao inusitado”, completou. Para ele, pensando em modelo assistencial, tratar a informação e tentar tirar dali conhecimento e inteligência para poder disponibilizar isso para os beneficiários de forma rápida eficaz e transparente.

Ao final da apresentação dos três convidados Diogo Dias, diretor clínico do Hospital Porto Dias e mediador, fez perguntas já programadas e perguntas dos espectadores para instigar o debate.

 

FBH passa a ser a única representante brasileira no Conselho Governamental da International Hospital Federation

Article-FBH passa a ser a única representante brasileira no Conselho Governamental da International Hospital Federation

Morato assume a vaga deixada por Francisco Balestrin, que, durante os últimos oito anos, respondeu pelos interesses dos estabelecimentos brasileiros junto às decisões tomadas pela IHF. A eleição dos novos membros do Conselho Governamental aconteceu na última quinta-feira, dia 12.

Com a eleição de Morato, a FBH, a partir de 2021, passa a ser o único membro representante do Brasil na instituição, com direito a voto nas decisões colocadas em Assembleia-Geral. Com um assento no Conselho, Adelvânio Morato terá a missão de dar continuidade ao grande trabalho exercido pelo seu compatriota, Francisco Balestrin, levando a experiência brasileira para contribuir nos debates e nas decisões a serem tomadas pela IHF.

“Sinto-me bastante honrado em compor este colegiado de grandes referências para o setor hospitalar mundial. Vamos continuar trabalhando para levar nossas vivências e nossos aprendizados aos debates, bem como para trazer contribuições que permitam ao setor brasileiro evoluir”, frisa o presidente da FBH. 

Na reunião da última quinta-feira, 12, além de acompanhar a votação para escolha dos novos membros do Conselho Governamental, Morato também participou das discussões colocadas em pauta pela IHF sobre as atividades a serem desempenhadas pela instituição até o restante do ano, assim como para o início de 2021. O encontro oportunizou, ainda, um momento para que os novos membros se conhecessem e se familiarizassem com os planos e os objetivos elencados para o ano que vem.

O novo CEO da IHF, Ronald Lavater, demonstrou preocupação em conhecer cada membro do Conselho, bem como suas necessidades locais, para que a instituição possa entender e auxiliar todos aqueles que por ela são representados. 

DESPEDIDA

O mandato de Francisco Balestrin na presidência da IHF, nos anos de 2018 e 2019, foi bastante elogiado por membros do Conselho da instituição. Como reconhecimento pelo excelente trabalho exercido, Balestrin recebeu o título de Membro Honorário Vitalício da IHF. 

“Tive a honra de ser presidente por dois anos e presidir dois congressos mundiais de hospitais: em 2018, na Austrália, e em 2019, em Omã. Sinto-me muito feliz pelo sentimento de dever cumprido e também grato a todos os presidentes com os quais servi”, disse Balestrin.

IHF

A International Hospital Federation (IHF) é uma organização internacional sem fins lucrativos e não governamental, criada em 1929, para representar hospitais e associações de saúde em todo o mundo. Sua missão é oferecer uma plataforma que possibilite a troca de conhecimentos e de experiências estratégicas, bem como oportunidades para colaborações internacionais com diferentes atores do setor da saúde.

A IHF reconhece o papel essencial dos hospitais e das associações de saúde na prestação de cuidados de saúde, no apoio aos serviços de saúde e na oferta de educação. Sua atuação está pautada na ajuda aos hospitais internacionais, para que trabalhem no sentido de aprimorar o nível dos serviços que prestam à população com o objetivo principal de melhorar a saúde da sociedade.

 

Por Assessoria/FBH

Gestão financeira e operacional aliada à tecnologia é tema do primeiro dia do Conahp 2020

Article-Gestão financeira e operacional aliada à tecnologia é tema do primeiro dia do Conahp 2020

O Congresso Nacional dos Hospitais Privados (Conahp), da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), acontece entre os dias 16 e 20 de novembro. Este ano, realizado em ambiente 100% online, serão cerca de 100 palestrantes nacionais e internacionais discutindo sobre o tema geral do congresso: “Lições da pandemia: desafios e perspectivas para o sistema de saúde brasileiro”.

Abrindo a tarde do primeiro dia de evento aconteceu a sessão patrocinada pela SAP, que trouxe o tema Gestão Inteligente e Prontidão Financeira para a Excelência Assistencial e Continuidade Pós-Pandemia. Maykon Fernandes, vice-presidente de Core Industries da SAP, abriu a plenária trazendo o impacto que a pandemia teve no equilíbrio das instituições, especialmente na área da saúde, onde o número de beneficiários foi reduzido, o número de serviços foi reduzido, os insumos e preços de EPIs aumentaram e os procedimentos eletivos deixaram de acontecer por alguns meses na pandemia.

Dentro deste contexto, Maykon passou a palavra a Enrico de Vettori, COO do UnitedHealth Group Brasil (UHG) para falar da importância do tema da eficiência e da gestão financeira e operacional atrelada a tecnologia.

A responsabilidade empresarial e social é cuidar das pessoas”, afirmou Enrico no começo de sua fala. Para ele, a tecnologia é fundamental e inerente à boa operação. Através da tecnologia, os cadastros, sistemas, interfaces, processos, protocolos e políticas puderam avançar nesse momento pandêmico e são extremamente importantes para lidar com o pós-pandemia.

Durante a conversa ainda discutiu-se a preparação da liderança para esse cuidado com as pessoas em um modelo novo, remoto, e como cada vez mais isso vai ser a nova normalidade.

A discussão inteira pode ser encontrada no site do Conahp, além de outros painéis de discussão relevantes para o entendimento do mundo pandêmico e os aprendizados da pandemia para lidar com o mundo pós-pandemia. O Conahp acontece entre os dias 16 e 20 de novembro e seu conteúdo pode ser acessado, remotamente, no site: https://evento.conahp2020.com.br/ até domingo, dia 22/11.

Chegou a hora do Hospital Virtual. Confira resultados de um Caso Real

Article-Chegou a hora do Hospital Virtual. Confira resultados de um Caso Real

Herbert Prahl, 73 anos, foi internado na Mayo Clínic (Wisconsin) devido a uma infecção vertebral, sendo submetido a uma cirurgia para coleta de amostras ósseas. Depois de estabilizado, ele deveria ser transferido a uma clínica de reabilitação para continuar recebendo antibióticos, enfrentando 4 noites adicionais de hospital. Havia uma alternativa:  a Mayo estava conduzindo um piloto de seu novo modelo de ‘cuidados agudos domiciliares’, no qual ele poderia receber tratamento hospitalar em casa. Ele aceitou. Uma enfermeira o visitava 3 vezes ao dia para fornecer antibiótico, sendo atendido remotamente pelos médicos que podiam fazer contato 24 x 7. Ele ficou no hospital-at-home por 30 dias. Recuperado, expressou: “O hospital é um lugar movimentado e era preciso esperar o médico fazer a ronda. Quando estava lá, eu clamava ao médico: 'Puxa, você pode voltar em uma hora, quando minha família estará aqui?’ Em casa, todos podiam saber a qualquer momento o meu estado e isso melhorou muito a minha recuperação” (extraído do artigo de Ken Terry, veterano jornalista da área de saúde e autor do livro “Physician-Led Healthcare Reform: a New Approach to Medicare for All”).

As médicas Elisabeth Crisci e Shauna Tierney, responsáveis por um dos mais importantes projetos de hospital virtual no Canadá (“Hospital-at-home” – Project Victoria General Hospital”), iniciado este ano devido a Covid-19, descrevem o cerne da tomada de decisão: “O que deve definir o nível hospitalar ou o tratamento intensivo de um paciente é o seu tipo-clínico e o perfil da intervenção necessária, e não a localização física do paciente”. Esse ‘refrão’ é cada vez mais aceito pela comunidade médica, que na Covid-19 está assistindo a maior transformação deste século nas relações entre o paciente e a Cadeia de Saúde. No Brasil e no resto do mundo, os hospitais começam a receber agora a carga de pacientes represados pela pandemia, um período crítico onde os tratamentos adiados precisam acontecer. Nesse sentido, o mainstream sanitário questiona cada vez mais como os serviços de connected-care (telemedicina, telemonitoramento, telecare, etc.) podem sustentar os modelos de “hospitalização-domiciliar”. Embora possa ser ainda cedo para respostas conclusivas, a vasta demanda que aproxima eclodir (que pode ter duração superior a 4 anos) mostra que estamos no momento certo para inovações progressistas na concepção dos modelos de internação hospitalar.

São crescentes os projetos de HaH (Hospital-at-Home), que nada mais é do queo provimento de serviços remotos de nível agudo na residência do paciente”. Aquilo que parecia impossível há décadas, passou a ser cada vez mais factível devido (1) a melhoria da conectividade (principalmente com a chegada do 5G); (2) a maturidade das plataformas de Inteligência Artificial e (3) ao colapso dos modelos hospitalares tradicionais. Vale salientar que não estamos falando de cuidados domiciliares primários ou crônicos (home-care), mas de tratamentos agudos só disponíveis no ambiente hospitalar, como ingestão de medicamentos intravenosos, transfusão de sangue, oxigenação forçada, etc.

Nessa perspectiva, vale apresentar e ‘dissecar’ um exemplo real: o programa “Virtual Hospital' Model Passes Test in COVID-19 Patients”, implementado pela Atrium Health, North Caroline (EUA), conhecido como AH-HaH. A Atrium é uma rede sem fins lucrativos que opera mais de 40 hospitais, 6 unidades emergenciais e mais de 30 centros de urgência nos EUA, fundada em 1876 e tendo hoje mais de 55 mil funcionários. Uma análise crítica e apurada do programa foi realizada para identificar as garantias efetivas do ‘atendimento virtual de pacientes com pneumonia da Covid-19’, sendo que o ‘teste de stress’ foi publicado em novembro pelo Annals of Internal Medicine. Cerca de 1500 pacientes inscritos receberam atendimento ‘telemedico’ no modelo HaH, sendo que do total 40 necessitaram de hospitalização, 8 fizeram uso de ventilação domiciliar, com apenas 2 óbitos. O programa usou um ‘algoritmo de pontuação de sintomas”, no qual os pacientes que recebiam pontuações mais baixas entravam em uma "Virtual Observation Unit" (VOU), recebendo contato telefônico diário da enfermagem. Os pacientes com gravidade mais acentuada (pontuação mais alta), que normalmente seriam internados presencialmente, foram orientados a uma "Virtual Acute Care Unit" (VACU), sendo contatados pelo menos 3 vezes ao dia pelo provedor de plantão. Já os pacientes de ‘acuidade crítica’ receberam monitoramento telefônico a cada 6 horas, visitas domiciliares e a possibilidade de dispor em casa de procedimentos de terapia intravenosa e respiratória. Os casos de máxima gravidade foram transladados diretamente a uma unidade hospitalar. O AH-HaH é um sistema integrado desenvolvido há 5 anos, tendo como alvo inicial os pacientes com alto risco de readmissão hospitalar. Todavia, a Covid-19 transformou a iniciativa e o sistema foi adaptado aos ‘pacientes-covidianos’. Médicos da equipe HaH tem acesso virtual ininterrupto, possuem link direto com especialistas e empregam ‘duas camadas de atenção’ permitindo que os casos de baixa acuidade fossem tratados na VOU. A triagem virtual também minimizou a exposição da equipe médica e dos pacientes internados a contaminação.

O estudo de stress cobriu pacientes tratados de 23 de março a 7 de maio de 2020. Isso representou "quase dois terços" de todos os pacientes ‘covid-positivos’ tratados na Atrium Health nesse período. A maioria deles (88%) permaneceu na VOU, e 12% entraram em algum momento no atendimento VACU. Aqueles que estavam na VACU tinham um kit de monitoramento com medidor de pressão arterial, oxímetro e termômetro. Como esperado, os pacientes da VACU eram mais velhos e mais propensos a possuírem comorbidades, como asma, insuficiência cardíaca congestiva, diabetes, DPOC ou obesidade. Cerca de 40 pacientes da VOU (3%) foram internados em um hospital real, sendo que 2 vieram a óbito. Na VACU, 13% foram hospitalizados, com 10 internações em UTI e uma única necessitando ventilação mecânica. Não houve mortes no grupo VACU e a permanência média de internação foi de 2 dias. O exemplo da Atrium demonstra que as ferramentas de connected-care aumentam a capacidade do sistema de cuidar de pacientes da Covid-19, aliviando o backlog dos leitos hospitalares. “Todos os 160 pacientes da VACU, que não precisaram de transferência para o hospital físico, puderam ser atendidos como ‘extensões de leitos hospitalares’. O conjunto de dados, coletados durante o pico pandêmico, mostrou que um hospital virtual pode oferecer custos menores e readmissões reduzidas também fora da pandemia", explicou Kranthi Sitammagari, diretor médico da Atrium Health e um dos responsáveis pelo programa.

Inúmeros pilotos de HaH se multiplicam em vários países, inclusive no Brasil. Na França, por exemplo, o projeto “Greater Paris University-Hospital’s HaH (HP’sHaH)” envolve 37 hospitais públicos localizados em Paris e nos subúrbios, atingindo 7 milhões de pacientes (anuais). Estudo publicado em dezembro de 2019 no BMC Health Services Research descreve o Case, centrando atenção na visão do paciente e de seus familiares. Outro projeto de HaH interessante foi realizado no Hospital Clinic, em Barcelona, quando o pico pandêmico (até então) exigia alternativas à hospitalização convencional. Os resultados com 63 pacientes no período de 10 de março a 5 de abril de 2020 foram publicados em setembro no National Public Health Emergency. Trata-se de um hospital público de ensino terciário, com 750 leitos e que atende 560 mil pessoas da área metropolitana de Barcelona. O estudo mostra que as unidades de HaH foram seguras, eficazes e efetivas para os pacientes da Covid-19.  

A hospitalização-residencial não é uma novidade, mas a pandemia está fazendo emergir rapidamente a hospitalização-virtual, principalmente nos modelos de VOU e VACU aqui descritos. Assim, antes de pensarmos em ampliar hospitais e o número de seus leitos é necessário ampliar nossa estrutura mental e projetiva, deixando que a coragem-inovativa “tenha assento nas mesas de decisão”. O serviço de HaH do Johns Hopkins University Schools of Medicine (JHOME) foi criado em 1995 pelo médico John Burton, que iniciou suas ideias a respeito na década de 1940, sendo solenemente criticado por seus colegas. É de sua autoria um histórico discurso: “Em meus 50 anos de medicina deixamos de cuidar de pessoas com doenças agudas, que morreram aos 50. Agora cuidamos de pessoas com 85 anos e 12 problemas crônicos diferentes. Portanto, precisamos ter um atendimento domiciliar agudo como parte fundamental de nosso sistema de cuidados. Quando começamos a explicar o atendimento hospitalar residencial nos anos 90, as pessoas me diziam ‘O que você está fazendo? Chamadas em casa? Isso é antiquado. Você não consegue fazer nada em casa. Você não tem aparelhos, não tem equipamento...’ e eu só respondia: ‘bem, não sei como, só sei que essa é a coisa certa a fazer”.

 

Guilherme S. Hummel

Coordenador Científico – HIMSS Hospitalar Forum

eHealth Mentor Institute (EMI) - Head Mentor

Banca avaliadora do Conahp premia 6 artigos e 3 startups

Article-Banca avaliadora do Conahp premia 6 artigos e 3 startups

O Congresso Nacional dos Hospitais Privados (Conahp) da Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp) acontece até amanhã, dia 20 de novembro. No congresso, em ambiente 100% online este ano, estão cerca de 100 palestrantes nacionais e internacionais discutindo sobre o tema geral do congresso: “Lições da pandemia: desafios e perspectivas para o sistema de saúde brasileiro”.

Já tradicional em todas as edições do congresso, a Sessão Pôster trouxe, na tarde da última quarta-feira (18) a premiação dos melhores trabalhos científicos que disseminem as melhores práticas do setor de saúde. Como não poderia ser diferente, os participantes neste ano enviaram trabalhos que refletissem iniciativas e ações que vêm sendo utilizadas pelas instituições de saúde no enfrentamento à pandemia no novo coronavírus.

A banca avaliadora do Conahp escolheu os 6 melhores pôsteres dentre 204 recebidos. Os escolhidos foram:

  1. Avaliação de ferramentas diagnósticas complementares para a identificação do novo coronavírus, de Aline Batista, Andressa Faria Fitz, Açucena Rivas e Robson Delai;
  2. Estratégia para atendimento de pacientes em centro de reabilitação durante a pandemia de Covid-19, de Fabio Rodrigues;
  3. Respirador desenvolvido em Minas Gerais é homologado pela Anvisa e utilizado em humanos, de André Costa, Gustavo Paiva, Ely Duarte Neto e Henrique Salvador;
  4. A importância das ações empregadas como medida de engajamento, motivação e orgulho por pertencimento, de Leandro Neco;
  5. “Desafios do protagonismo da enfermagem durante a pandemia: Ação você é incrível, de Silvana Carvalho, Elisandra Pinheiro e Daniela Oliveira; e
  6. Ações adotadas para mitigar o impacto do absenteísmo durante a pandemia Covid-19 e cálculo do ROI, de Fernanda Cotta, Matheus Ramos, Pedro Drummond e Rafael Nunes.

Os autores vencedores mencionados, participaram de dois debates, um com foco assistencial e outro com foco na gestão. O debate pode ser encontrado dentro da aba “Sessão Pôster” na plataforma do Conahp.

Além da premiação dos 6 melhores artigos (pôsteres), houve também a premiação dos 3 melhores projetos de Startup dentre as 12 selecionadas em um nicho de 82 que se inscreveram. Os projetos vencedores foram: Braintrip, Luckie Tech e Noharm.AI. Os três vencedores também debateram na parte “Startups”, da plataforma.

Conteúdos como esse podem ser encontrados no site do Conahp, além de outros painéis de discussão relevantes para o entendimento do mundo pandêmico e os aprendizados da pandemia para lidar com o mundo pós-pandêmico. O Conahp acontece entre os dias 16 e 20 de novembro e seu conteúdo pode ser acessado, remotamente, no site: https://evento.conahp2020.com.br/